No próximo sábado (14), paulistanos e visitantes terão oportunidade de conhecer um pouco mais da história da Vila Madalena –bairro da região oeste que poderá ser parcialmente tombado– durante um tour guiado que inclui visita a redutos da arte de rua na cidade.
Na primeira parte do passeio, os participantes caminham pelo becos do Aprendiz e do Batman, conhecidos por seus muros cobertos com grafites de autoria de diferentes artistas de rua.
Em seguida, o grupo visita um centro cultural, galeria de arte ou ateliê, que varia a cada edição. Nesta semana, a visita será ao recém-inaugurado Puxadinho da Praça, espaço cultural dedicado à arte feita com materiais reciclados. Nas edições anteriores, foram visitadas a Vértice Casa e a galeria Choque Cultural.
O Tour Madalena é gratuito e ocorre uma vez por mês, sempre aos sábados, com aproximadamente uma hora de caminhada. A organização é do albergue Ô de Casa Hostel em parceria com o blog Conexão Cultural. Durante o passeio, a sócia do site Manuela Colombo, 28, explica aos participantes a história e a importância dos locais visitados.
“A gente vai contando um pouco do que se passou ali, a história dos becos e por que aquele lugar se transformou numa galeria ao céu aberto”, diz Manuela. As explicações podem ser feitas em português ou inglês, dependendo do perfil dos participantes, que são em sua maior parte turistas.
O ponto de encontro será a recepção do Ô de Casa Hostel, na rua Inácio Pereira da Rocha, 385, às 12h. Os organizadores do tour recomendam que os interessados façam reserva pelo e-mail [email protected].
TOMBAMENTO
No mês passado, um projeto de lei que pede o tombamento parcial da Vila Madalena foi apresentado pela Câmara Municipal de São Paulo, após moradores do bairro entregarem um abaixo-assinado com mais de mil nomes aos vereadores.
O texto prevê o tombamento das ruas Aspicuelta, Wizard, Harmonia, Girassol, Fidalga e do Beco do Batman.
“Essa região é interessante porque concentra muito trabalho de artistas de rua. Isso começou no Beco do Batman, na década de 1980, com alguns artistas que se arriscaram ao pintar os muros à luz do dia”, afirma Manuela Colombo. “Foi basicamente uma ocupação por meio da arte.”
Fonte: Folha.com