A Polícia Civil investiga um roubo milionário ocorrido no final da semana passada em Sumaré. A ação envolveu pelo menos 15 assaltantes, armados com fuzis e pistolas, que roubaram R$ 8 milhões em produtos agrícolas de uma transportadora na região do Jardim Nova Veneza. Cerca de dez carretas escoltadas pelos próprios bandidos teriam sido utilizadas para carregar as mercadorias e fugir pela Rodovia Anhanguera (SP-330).
Segundo informações da Polícia, nenhum suspeito havia sido preso até o final da tarde de ontem. Os produtos roubados também não haviam sido recuperados.
O roubo, considerado “cinematográfico” por policiais e vítimas, aconteceu na noite de quinta-feira passada e durou pelo menos cinco horas. Por volta das 19 horas, um grupo de homens armados chegou à entrada do galpão da empresa em três carros, entre eles um Tucson. Os bandidos renderam os vigias e funcionários da transportadora e os trancaram em uma das salas, sob a mira de armas. Testemunhas relataram à Polícia Militar que os assaltantes estavam com revólveres, pistolas e fuzis.
Durante o roubo, um dos gerentes da transportadora foi obrigado pelos criminosos a acompanhá-los na ação. De acordo com informações obtidas pela Polícia Militar, o crime teria sido muito bem planejado. Os assaltantes teriam, inclusive, uma lista de produtos que seriam levados da empresa, que fica próxima à saída para a Rodovia Anhanguera e é especializada no transporte de cargas agroquímicas.
Para carregar as mercadorias, o grupo utilizou dez carretas. Testemunhas contaram à PM que, enquanto os criminosos juntavam os produtos, um comboio entrou na transportadora. Os veículos foram carregados com fungicidas, pesticidas e outros produtos agrotóxicos. O prejuízo para a empresa foi grande. No total, a carga roubada teria um valor equivalente a R$ 8 milhões.
A ação terminou por volta da meia-noite, quando os caminhões deixaram a transportadora escoltados pelos criminosos. Segundo a Polícia Militar, ninguém ficou ferido. As filmagens do sistema de monitoramento da empresa foram levadas pela quadrilha.
O delegado Marcelo Moreschi, do 3º Distrito Policial de Sumaré, confirmou ontem que a investigação é feita com a assessoria do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Segundo apuramos, até agora a Polícia Civil só ouviu pessoas vizinhas à empresa. Elas negaram ter visto qualquer anormalidade nos galpões na hora do roubo, já que a movimentação de carretas é comum no local. Estivemos na empresa no final da tarde de ontem, mas foi informado pelos vigias que ninguém iria comentar o caso.
Fonte: Jornal O Liberal