Sindicato vai ingressar com mandado contra Prefeitura de Sumaré


O advogado do Sindissu (Sindicato dos Servidores Municipais de Sumaré), Rizzo Coelho de Almeida Filho, garantiu que a entidade ingressará hoje com um mandado de segurança para que a Prefeitura de Sumaré não fracione mais o pagamento do salário dos funcionários municipais. Para o advogado, os problemas financeiros herdados pela nova prefeita, Cristina Carrara (PSDB), não devem interferir no salário dos servidores. “Salário é prioridade em qualquer situação. O município não pode usar a desculpa de que não tem caixa ou de que o outro não deixou caixa”, argumentou Almeida Filho.

Ontem, a Prefeitura pagou apenas parte do salário dos funcionários referente aos dias trabalhados no mês de dezembro. Foram depositados R$ 925. No total, a folha salarial do funcionalismo, composta por mais de quatro mil servidores, é de R$ 18 milhões na cidade, segundo a assessoria da Prefeitura. De acordo com a Administração, o complemento dos salários deverá ser pago até o final do mês.

Em nota encaminhada na segunda-feira, a prefeita alegou que os valores arrecadados entre o primeiro dia útil do mês e ontem não foram suficientes para quitar toda a folha. Ainda segundo Cristina, os cofres públicos estão zerados e a dívida do município é de aproximadamente R$ 300 milhões.

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O advogado do Sindissu defendeu os servidores e criticou o fracionamento dos salários. “O empregado não tem nada a ver com isso. Ele tem contas e uma série de situações que podem causar danos irreparáveis. (A prefeita) tem que fazer com que se garanta o pagamento”, explicou. Ele ainda afirmou que pede no mandado de segurança o bloqueio dos recursos da Prefeitura caso os salários sejam afetados pela falta de dinheiro. “Há várias decisões dos tribunais de que isso não é motivo que possa justificar. Essa situação é de responsabilidade do empregador”, defendeu. Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Sumaré informou que vai aguardar a notificação para se posicionar sobre o assunto.

Fonte: Jornal O Liberal