Sabesp registra 67 fraudes em hidrômetros todos os meses em Franca


Pelo menos dois francanos são flagrados diariamente pelos técnicos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fraudando os hidrômetros com objetivo de impedir a marcação do consumo de água ou para fazer a religação do equipamento. Nos primeiros quatro meses de 2012, foram 269 casos com prejuízo de R$ 28 mil à companhia – uma média de 67 ocorrências por mês. Em 2011, foram registrados 694 casos de fraude na cidade, causando um prejuízo para Sabesp de R$ 67 mil. O dono do imóvel que adulterar o medidor de água pode responder criminalmente.

Além da religação por conta própria do hidrômetro desligado pela falta de pagamento da conta, a Sabesp registra outros tipos de fraudes nos equipamentos espalhados pela cidade. Clientes tentam burlar o medidor, fazendo um encanamento paralelo e assim abastecendo sua casa, sem pagar pelo consumo. Outro tipo de ocorrência fraudulenta comum é interromper a marcação do consumo de água, colocando um arame ou outro tipo de material que impeça o relógio de rodar normalmente.

As fraudes são descobertas pelos leituristas, quando eles realizam a leitura do equipamento. Em posse de um palm top, esses funcionários podem comparar consumos anteriores com o atual e ainda verificar se a linha foi cortada por falta de pagamento. Ao detectar qualquer mudança, uma equipe da Sabesp é acionada para fazer uma perícia e reunir provas, como fotografar o local e elaborar um relatório sobre a situação encontrada. A equipe técnica, então, aciona a polícia e registra um Boletim de Ocorrência com a denúncia de fraude ou furto.

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O gerente distrital da Sabesp, Rui Engrácia Garcia Caluz, diz que este tipo de fraude é facilmente descoberto e que o morador surpreendido cometendo o crime, além de responder à acusação de furto, é obrigado a ressarcir o prejuízo. “É uma prática que não compensa. O cliente, ao ser descoberto, vai ter que pagar em outras contas futuras o prejuízo que ele deu à empresa e responde criminalmente pela fraude. É dor de cabeça para nada, que não compensa”, disse Caluz. O prejuízo a ser pago é calculado pela média das contas anteriores.

O primeiro hidrômetro de cada imóvel é cedido gratuitamente pela Sabesp. Após a constatação de fraudes, o equipamento precisa ser trocado e pago pelo dono do imóvel. O valor médio de um hidrômetro é R$ 70.

Fonte: Portal GCN