O Ministério da Saúde divulgou na última segunda-feira (5) o resultado do LIRAa 2011 (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) que pesquisa as cidades com maior risco de epidemia de dengue no País com base no índice de infestação do mosquito. Índice menor que 1% é considerado satisfatório, entre 1% e 3,9% caracteriza situação de alerta e percentual maior que 3,9% aponta o risco de surto.
De acordo com o Ministério da Saúde, dos 561 municípios pesquisados, 48 estão em situação de risco, 236 em alerta e 277 apresentam índice satisfatório. O Estado de São Paulo tem 60 municípios incluídos nessa lista. Desses, 46 estão com índice satisfatório, 13 em situação de alerta e um com risco de surto.
A cidade de Rio Claro está entre as 13 cidades paulistas em situação de alerta. O índice de infestação é de 1,6% neste ano contra 0,2% no ano passado. Araras tem 0,7% contra 0,1%, Limeira 0,1% contra 0,3% e Piracicaba 0,4% contra 1,1%. Catanduva é a única cidade da lista com risco de surto, com índice de infestação de 4% ante 1,4% em 2010.
“As cidades que estão em situação de alerta, não podem baixar a guarda: ao contrário, devem intensificar suas ações. Já os municípios em situação de baixo risco podem migrar para uma grande epidemia”, alertou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao apresentar os resultados do LIRAa 2011.
Para ele, o LIRAa é um instrumento fundamental para orientar as ações de controle, pois possibilita que os gestores locais de saúde antecipem as ações de prevenção. O ministro reforçou que os dados do levantamento não significam que a situação não possa ser revertida. “Um determinado município, que apresenta situação de risco, poderá mudar este cenário com a intensificação das medidas nas áreas de maior risco”, destacou Padilha.
A coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Kátia Curado, confirma o estado de atenção no município o que ressalta a necessidade de dobrar os cuidados preventivos. Porém, segundo ela, o risco de proliferação da dengue pode ser reduzido com o apoio da população para eliminar os focos criadouros do mosquito. Dessa forma, uma nova epidemia será evitada.
Kátia destaca que 2011 foi um ano epidêmico com o registro de mais de 1.750 casos de dengue. A coordenadora alerta para o risco de proliferação da doença com a chegada do Verão e das chuvas. Segundo ela, o município tem um grande número de recipientes que acumulam água, com predominância de pneus e vasos. Esses materiais têm que ser eliminados para reduzir os riscos de contaminação.
Para isso, os trabalhos de combate à dengue não param. Passeatas, mutirões, palestras e outras ações vêm sendo realizadas antes mesmo do início do Verão, como forma de prevenir a cidade contra a dengue. Vários setores públicos e privados estão sendo convidados a se engajarem na luta.
A coordenadora do programa municipal explica que a ideia é mobilizar toda a sociedade com o objetivo de erradicar a dengue evitando a ocorrência de uma nova epidemia no município.
Fonte: JC Rio Claro