A prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), vai negociar uma dívida de R$ 6 milhões com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O valor é composto por duas dívidas que o governo passado havia contraído junto à companhia. Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação, a Prefeitura de Sumaré e o DAE (Departamento de Água e Esgoto) devem pagar R$ 1,2 milhão de uma dívida de R$ 2 milhões que foi parcelada em 36 vezes pelo governo anterior.
O parcelamento foi feito em 2011, mas está há cinco meses sem ser cumprido. A segunda dívida é referente a parcelas que não são pagas desde junho de 2012 e somam R$ 4,8 milhões.
A prefeita tentará negociar novos parcelamentos junto à presidência da Sabesp e já alegou que não possui capacidade financeira para quitá-la integralmente. A reunião que estava marcada para hoje, no entanto, foi cancelada.
Em agosto de 2009, durante o governo de José Antonio Bacchim (PT), a Prefeitura firmou um contrato de cinco anos com a Sabesp para que a Companhia auxiliasse no abastecimento de água do município, principalmente na região da Área Cura, onde vivem aproximadamente 70 mil pessoas. Na época, a cidade sofria com crises constantes de desabastecimento. Em entrevista ao LIBERAL na semana passada, o ex-presidente Luiz Alfredo Dalben afirmou que o problema da falta d’água já não está mais tá difícil de ser resolvido pelo DAE. Os desabastecimentos são uma das principais críticas da população.
A negociação das contas na cidade de Sumaré será um dos primeiros compromissos do novo presidente da autarquia, o administrador Valmir Ferreira da Silva. Nomeado na sexta-feira após a polêmica exoneração de Luiz Alfredo Dalben (PPS), vice-prefeito e aliado político de Cristina na eleição municipal de 2012, Silva vai acompanhar a chefe do Executivo nas negociações. “Estou em sintonia com a prefeita. Vou trabalhar de forma transparente e em conjunto com o governo para melhorar os serviços prestados pelo DAE à população”, disse durante a posse, na sexta-feira.
Fonte: Jornal O Liberal