Moradores do bairro Alto do Bosque, na zona sul da cidade São José dos Campos estão praticamente ilhados. Uma ponte de madeira que servia de travessia para os moradores chegarem ao bairro vizinho cedeu e deixou o caminho dos moradores arriscado.
Dois bairros separados por um problema. A ponte de madeira improvisada caiu e a rotina de quem dependia da passagem ficou complicada. “Muitas crianças aqui do bairro, a partir de três anos, não tem escolhinha aqui para eles. Então, a gente tem que ir no Bosque [dos Eucaliptos] e a gente leva atravessando a pontinha (sic)”, explicou a merendeira Maria Kezia Nascimento.
“E a hora que voltar às aulas? Fica complicado dar a volta. Vamos andar mais ou menos três quilômetros a mais para chegar até a escola”, reforçou o pedreiro Roberto Vieira Santos.
A reclamação vem dos dois lados. Do bairro Bosques dos Eucaliptos e do Alto do Bosque, separados pelo córrego Senhorinha. Dezenas de pessoas que precisavam da ponte para trabalhar e estudar viram o atalho virar um monte de madeira quebrada. Agora pra chegar do outro lado os moradores precisam percorrer mais ou menos cinco quilômetros a pé, de bicicleta ou de ônibus.
Mas já tem gente sem paciência se arriscando. Primeiro eles desviam por um matagal, passam por uma trilha que tem até lixo, inclusive cacos de vidro e depois preparam o equilíbrio pra passar sobre uma tubulação de ferro, suspensa numa altura de quase três metros. Passa gente até segurando bicicletas. “Eu passei por volta ali em cima. É perigoso, não é qualquer pessoa que pode passar. Uma senhora, um senhor de idade pode sofrer um acidente grave”, disse o pedreiro Marcos Nascimento.
Um dos moradores, o corretor de seguros Leonardo Maia, chegou a pedir providências para o poder público. “Já passei alguns e-mails para a prefeitura, já fiz um e-mail no Reclame Aqui [página da prefeitura na internet] passando as condições quando a ponte ainda estava inteira. Não houve resposta nenhuma, nem no Reclame Aqui, nem em lugar nenhum veio dar a menor satisfação”, reclama.
A Secretaria de Serviços Municipais informou que a passarela cedeu após as chuvas de domingo (1) e que desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (3), mantém funcionários e máquinas recolhendo os restos de madeira da passarela que cedeu, nas margens do córrego Senhorinha, região sul.
Após a limpeza, será avaliada a necessidade da construção de gabiões para garantir a estabilidade das margens do córrego. O serviço será finalizado com a manutenção da passarela.
Fonte: VNews