O baixo índice da taxa migratória da cidade Franca foi destaque do relatório de Tendências Recentes da Migração nas Regiões Administrativas de São Paulo, pesquisa realizada pela Fundação Seade, órgão estadual de análise de dados. Os números indicam que 266 moradores de outros municípios brasileiros se mudaram para Franca na última década, índice 15 vezes menor do que o apresentado na década de 1990, quando 3.160 pessoas vieram residir na cidade.
Para Alexandre Ferreira, secretário municipal do Desenvolvimento, os baixos índices migratórios ocorrem devido à especificidade das atividades que empregam a maior parte dos trabalhadores do município. “A oferta de mão de obra na indústria calçadista demanda especialização. Migrantes que venham de outras partes do país que não tenham classificação, não conseguem emprego na cidade”, destacou. “Outro fator que não pode ser descartado é a mecanização no setor de agricultura. Muita gente vinha para trabalhar no corte de cana e colheita de café”, completou Ferreira.
O diretor do curso de ciências econômicas do Uni-Facef, Antônio Moraes Júnior, diz que a redução se deve à mudança do perfil econômico da cidade. “Franca está mudando sua vocação de cidade industrial para um centro regional de comércio, que teve um acréscimo nos últimos anos.”
As regiões de Marília, Barretos, Presidente Prudente, Registro e São Paulo apresentaram índice negativo na pesquisa, indicando a perda migratória nas localidades. Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Sorocaba são as quatro regiões do Estado que mais atraíram migrantes na última década.
Fonte: Portal JNC