Ferraz de Vasconcelos e região lidera em reclamações contra planos de saúde


O Procon de Mogi das Cruzes lidera o ranking de reclamações contra planos de saúde no Alto Tietê. Só em 2012 foram 574 queixas. Em segundo lugar aparece Ferraz de Vasconcelos, com 53 reclamações. O levantamento foi feito pela reportagem após ter recebido os dados de cinco municípios. A região é composta por dez cidades, mas, somente seis municípios possuem Procon. Por problemas técnicos, a unidade de Suzano não pôde informar os números de reclamações. A cidade de Itaquaquecetuba não registrou queixas.

O mesmo levantamento mostra que, entre os dois primeiros meses deste ano (janeiro e fevereiro) Ferraz de Vasconcelos já contabiliza 13 reclamações sobre planos de saúde na cidade de Ferraz de Vasconcelos.

Uma das queixas é da vendedora Ezildinha Pagionato de Queiroz, de 60 anos. “Eu faço tratamento psiquiátrico e meu médico foi descredenciado do convênio. Isso foi de repente e eu não podia ficar sem o tratamento”, detalha a vendedora.

Desesperada, ela começou a pagar pelas consultas. Após passar pelo médico quatro vezes, pagando 150 reais em casa visita, ela procurou o Procon. “Depois dessa reclamação, eles (convênio) acabaram me reembolsando”, conta Ezildinha.


“Eu paguei”
A afirmação “eu paguei” foi dita inúmeras vezes em janeiro deste ano pelo apontador Edilson Carlos Tomé, de 34 anos, que também mora em Ferraz de Vasconcelos. “Eu paguei a mensalidade do convênio do mês de janeiro e eles me cortaram mesmo assim. Foi uma luta. Mesmo com o comprovante em mãos, eles diziam que eu não tinha quitado a fatura”, diz Tomé. Depois de ter feito a reclamação ao Procon, o convênio considerou as provas do apontador. “Agora em abril teremos uma audiência de conciliação para tratar do constrangimento que passei.”

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2013
Os dados deste ano mostram ainda que Poá aparece em segundo lugar com três reclamações. Suzano e Santa Isabel estão empatados, em segundo. Cada cidade contabiliza, entre janeiro e fevereiro, 2 queixas.

Por escrito
Os clientes de planos de saúde vão poder exigir das operadoras que informem, por escrito, os motivos que levam essas empresas a negar autorização para procedimentos médicos. A medida, que entra em vigor em maio, foi divulgada no início do mês pela Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) e pelo Ministério da Saúde.

A medida obriga as operadoras a justificarem a negativa à cobertura, indicando a cláusula contratual ou dispositivo em que baseou a sua decisão, sempre que for solicitada pelos clientes. As empresas vão ter 48 horas para dar a resposta por escrito, que pode ser enviada por e-mail ou por correspondência.


O descumprimento da determinação pode render à operadora multa de R$ 30 mil. No caso de a negativa de cobertura ser considerada indevida, a empresa pode receber outra multa, que varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil.

Fonte: G1