Família de jovem morto por jipe na Vila Madalena contesta laudo da polícia


A família do administrador Vitor Gurman, de 24 anos, que morreu atropelado na madrugada do dia 23 de julho, no bairro Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, contesta o laudo do IC (Instituto de Criminalística) e contratou um perito particular. O jovem foi atingido na rua Natinguí pela nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, de 28 anos, que dirigia um carro do tipo Land Rover. Ela estava acompanhada do namorado, Roberto de Souza Lima.

O laudo, entregue pelo IC ao Ministério Público e à Polícia Civil, apresentou divergências, segundo o tio da vítima, Milton Gurman.

– Não conseguimos entender como um veículo, encontrado destruído após o acidente, estava somente a 57,6 km/h.

A velocidade determinada pelo Instituto de Criminalística foi tirada de um vídeo que mostra a Land Rover momentos antes de do atropelamento. Nas imagens, o veículo percorre quase 16 metros em um segundo.


O cálculo aproximado da velocidade foi de 57,6 Km/h, com uma margem de erro de 12,5%. A família contestou o laudo e contratou o perito Ricardo Molina.

O laudo particular indica a velocidade do Land Rover em duas ocasiões. Na primeira, quando o veículo estava a cerca de 50 metros da esquina do acidente, a velocidade estimada do veículo era de 90 Km/h.

Já nas imagens utilizadas pelo IC para calcular a velocidade do carro, de acordo com o laudo particular o veículo, estava a, pelo menos, 72 Km/h.

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Sem explicação


O caso ainda não teve um desfecho, mesmo a nutricionista Gabriella Guerrero sendo indiciada. O laudo do IC não conseguiu identificar quem realmente estava dirigindo o veículo e como foi atropelado o administrador.

O Ministério Público, na semana passada, já questionava diversos erros encontrados no inquérito policial.

De acordo com a promotora Mildred Gonzales, no dia do acidente, Gabriela se negou a fazer o teste de bafômetro e também o teste de dosagem alcoólica, mas realizou o exame clínico, após três horas do acidente, onde foi constatado que ela estava alcoolizada.

A promotoria agora quer cobrar da polícia mais explicações sobre o caso.

– No dia do acidente, Gabriela, além de estar alcoolizada, como constatou o exame clínico, feito três horas após o acidente, estava sem habilitação. O documento foi levado pela família e sequer foi apreendido. Quero saber o que aconteceu e porque ela simplesmente foi liberada.

Fonte: R7