O diretor de uma cooperativa de perueiros foi preso ontem de manhã em sua casa, no Jardim Lucélia, em Encontra Sumaré, por porte ilegal de arma. Também foram encontradas várias notas de R$ 50 manchadas provavelmente oriundas de caixas eletrônicos explodidos na região, segundo a polícia. As cédulas ainda tinham o cheiro de éter e produtos químicos, o que sinaliza que foram lavadas para remover a tinta rosa, acionada quando o equipamento é detonado por explosivos.
A prisão foi feita por policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Americana, com apoio do GOE (Grupo de Operações Especiais) de Piracicaba, em cumprimento a um mandado busca e apreensão expedido pela 1ª Vara Criminal de Sumaré. Na casa do acusado, que fica na Rua Canadá, foram encontradas 13 munições para espingarda calibre 12. Os projéteis estavam escondidos no armário da cozinha. No quarto do diretor, foram apreendidas também outras oito munições para fuzil calibre 7.62, de uso restrito das Forças Armadas. As munições de fuzil, que estavam escondidas no guarda-roupas, são capazes de perfurar veículos blindados leves e coletes à prova de balas, de acordo com informações de policiais da Dise de Americana.
Também foram apreendidas 14 notas de R$ 50 (R$ 700) e mais uma nota de R$ 20 manchadas de vermelho e com indícios de terem sido submetidas a processo químico para retirada das manchas. As cédulas, no entanto, foram limpas apenas parcialmente. Outras 23 notas de R$ 50 (R$ 1.150) sem manchas foram apreendidas no armário do quarto. As notas foram apreendidas e serão analisadas pelo IC (Instituto de Criminalística). O dirigente acabou preso por porte ilegal de arma de uso restrito.
Numa gaveta do armário, foi encontrado um papelote de cocaína. Mas a mulher do diretor se declarou usuária de entorpecentes e disse que a droga era dela e, por essa razão, foi elaborado um termo circunstanciado. Também foram aprendidos um binóculo, caderneta com diversas anotações e duas facas. O diretor preferiu manter-se em silêncio durante a elaboração do boletim de ocorrência.
Fonte: Jornal O Liberal