Desde do fim da venda do passe de papel na cidade São José dos Campos os passageiros que suam o cartão eletrônico não têm mais opção na hora de escolher entre vans e ônibus. É que o cartão só é aceito nos ônibus. O resultado é a queda de, em média, trinta porcento na procura pelas vans.
Desde o começo de julho, elas que viviam sempre cheias, circulam com espaço de sobra. Michele trocou a van pelo ônibus. E a explicação está nas mãos da vendedora. “Sinceramente dificultou um pouco, porque era mais rápido. Agora a gente tem que esperar o ônibus e não são todos que passam pelo local”, reclama.
Com os cartões eltrônicos é possível que o passageiro faça uma viagem integrada. Pagando apenas uma passagem, ele pode se deslocar pela cidade num intervalo de até duas horas. A empresa que Abner trabalha já disponilizou o cartão aos funcionários. Sem alternativa ele também não anda mais de van. “Seria bom se na van também pudesse usar o cartão. Como não tem a máquina, estou usando só ônibus agora”, afirma.
Ilcirlene e Maria recebem em dinheiro o valor do vale transporte, mas se os patrões opatrem pelo cartão, vão ter que deixar de usar o transporte alternativo. “Às vezes a gente está atrasada e a van vai até lá embaixo e pega a gente. O ônibus, se passou do ponto não pega os passageiros”, compara Maria.
Para os motoristas das vans, o único jeito de recuperar os passageiros, é instalar catracas eletrônicas nos veículos. “Se colocasse o aparelho pra passar o cartão ia ficar bom, porque aí iria voltar o movimento”, reforça o cobrador.
O sindicato dos motoristas do transporte alternativo levou o pedido à prefeitura. “A queda está vindo desde que entrou a integração nos ônibus. O sindicato está fazendo reuniões com a secretaria de transportes para ver o que a gente consegue”, explica o presidente do sindicato daos motoristas Marco Antônio Nascimento. Para que as vans passem a fazer parte do sistema integrado do transporte público, a prefeitura afirma que primeiro é preciso que os motoristas se organizem e discutam maneiras de desenvolver uma tecnologia compatível com a que foi instalada nos ônibus.
Só depois disso, é que a Secretaria de Transportes irá avaliar a viabailidade dessa inclusão. “Se isso realmente permite que o usuário faça a integração entre ônibus e van, vamos dar continuidade à negociações”, afirma o diretor de transportes públicos Ronaldo Gonçalves. A supensão da venda do passe de papel vale por cento e vinte dias, para que a prefeitura avalie a adequação ao cartão e depois analise se volta com os passes. Quem ainda tem passes pode usá-los normalmente.
Fonte: VNews