Num único dia da semana passada, 83 cavaletes e cartazes de propaganda eleitoral foram contabilizados na extensão do canteiro central da Avenida Visconde do Rio Claro, altura da Avenida 32 à Tancredo Neves, confirmando a corrida de prefeitos e vereadores à disputa eleitoral. Esse é somente um ponto da cidade que serve como exemplo da campanha que está sendo realizada nas Eleições 2012.
Das condutas dos postulantes à candidatura a cargo eletivo, algumas ilícitas podem ser observadas em via pública. Segundo a Justiça Eleitoral, a colocação e a retirada dos meios de propaganda devem ocorrer entre as 6 e as 22 horas (Lei nº 9.504/97, art. 37). No entanto, essa norma tem sido desrespeitada, uma vez que, por volta das 23h30 de 28 de agosto, a reportagem do Jornal Cidade flagrou cartazes de dois candidatos ao longo da Rua 14.
Também no Cervezão, três candidatos desafiaram a legislação e fixaram suas placas no jardim da rotatória da Rua 6, localizado em área pública (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 5º). O mesmo é vedado à colocação em árvores. No cruzamento da Rua Jacutinga com Avenida 60, Vila Olinda, uma placa foi fixada num poste de sinalização de tráfego, o que é proibido (Lei nº 9.504/97, art. 37, caput).
Quem veicular propaganda em desacordo será notificado e sujeito à multa, ou defender-se. A Justiça Eleitoral tem se empenhado em coibir a prática de propaganda eleitoral irregular e, nessa tarefa, conta com a importante participação da população, que pode denunciar as referidas ocorrências via internet :www.tre-sp.jus.br/denuncia/.
Poluição visual
Outro ponto que, consequentemente, acaba tendo a desaprovação dos eleitores é a poluição visual provocada pelas propagandas eleitorais distribuídas em cavaletes, bonecos, cartazes e bandeiras. Na avaliação do morador Cristiano Araújo, o problema é que a propaganda acaba permanecendo nas vias públicas após as eleições. “É certo que os candidatos precisam aparecer, mas também devem se responsabilizar por fazer a limpeza aquilo que espalharam pela cidade, o que na maioria das vezes não ocorre”, comenta Araújo.
Já o eleitor Carloz Donizete de Almeida reclama que a propaganda descaracteriza a cidade, conferindo um ambiente poluído visualmente. “Olhamos para a Torre Eiffel e ao redor estão cavaletes com a propaganda de candidatos. Se me dirijo até a rodoviária pela Visconde, por todo o percurso há tantas outras placas. Acredito que deva ter maior rigor para disciplinar esse tipo de campanha. Quem não gosta de política, por exemplo, não precisa se sujeitar a isso”, conclui.
Fonte: JC Rio Claro