Bailarina de Joinville irá estudar na Vaganova Ballet Academy


Aos 16 anos, a bailarina capixaba Virgínia Mazoco vive um momento de êxtase. Ansiosa, deixa a timidez um pouco de lado para falar sobre o sonho que está prestes a realizar. Em agosto, a jovem que veio há quatro anos para a cidade de Joinville estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil viaja à Rússia para um intercâmbio de um ano na Vaganova Ballet Academy. A escola é uma das mais reconhecidas do mundo e formou nomes consagrados, como Mikhail Baryshnikov.

Virgínia já havia sido aprovada ano passado, quando tinha 15 anos. Ela acabou não indo porque é permitido fazer intercâmbio somente a partir dos 16 anos. Mas, desta vez, não há nada que a impeça de ir atrás do sonho. A bailarina já tinha a vaga garantida, mas ainda assim mandou um vídeo para fazer o nivelamento e ser encaixada em alguma turma. Com a experiência no Bolshoi, a expectativa é de que comece no final do curso na cidade de Joinville.

Pensando na adaptação, Virgínia começou a fazer aulas de russo pela internet, ano passado, no site do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem). “Eu aprendi alguma coisa, para me virar”, diz. Mas no intercâmbio, ela terá aulas de russo durante o ano, em paralelo com o balé. Apesar das diferenças, a bailarina não espera encontrar muita dificuldade em se adaptar.

A jovem sonha alto, pensa em fazer uma carreira internacional. “Nada impede que continue lá e me profissionalize, é algo que eu quero”, adianta. Com a experiência na Vaganova, acredita que não será tão difícil conseguir emprego em companhias da Europa.


A mãe da bailarina, Aurea Cristina da Silva, já está acostumada com distâncias, pois mora em guia Vila Velha (Estado do ES) e vive longe da filha. “Mesmo que eu saiba que ela está indo para longe de mim, eu enfrento tudo pela felicidade dela”, destaca Aurea.

Enviar pelo WhatsApp compartilhe no WhatsApp

Enviar pelo WhatsApp compartilhe no WhatsApp

Para ela, estudar numa grande escola é a maior conquista de uma bailarina, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. “Já me imagino assistindo ela no Palco do Teatro Marinsky e já faço planos para ir assisti-la no próximo dezembro em que ela já estreia”, projeta.

O fascínio pelo balé russo

Como muitas bailarinas, Virgínia iniciou no balé cedo, aos quatro anos. Pouco tempo depois, entre nove e dez anos, começou a se destacar e participar de festivais locais e fora do Espírito Santo. Aos 12 anos, participou pela primeira vez do Festival de Dança de Joinville. Foi quando recebeu incentivo para fazer teste no Bolshoi. Ela fez e foi aprovada.


A principal referência da capixaba sempre foram os bailarinos russos. “Eu sempre vi muitos vídeos deles e eles são muito bons”, conta. A partir daí, Virgínia percebeu uma coincidência: muitos  bailarinos consagrados passaram pela Vaganova Ballet Academy. Com isso, ela decidiu que queria entrar para a escola. “Passou a ser minha meta, eu queria ir para lá”, lembra.

Fonte: Notícias do Dia