Antes de terminar o ano, moradores de Franca já pagaram R$ 600 mi em impostos


Até a tarde da sexta-feira, os francanos já haviam pago em impostos quase R$ 600 milhões neste ano, uma média de R$ 1.818 por habitante. Os dados são do site Impostômetro, que mede os gastos com todos os impostos e taxas vigentes no país. Apesar de o Brasil ter uma das maiores cargas de impostos do mundo, a média per capita da cidade Franca é uma das menores do Estado quando comparada à de outras cidades com mais de 300 mil habitantes no Estado: só não fica atrás de Carapicuíba (com média de R$ 1.137 por morador) e Itaquaquecetuba (R$ 1.612).

Cidades do mesmo porte de Franca como Bauru (R$ 2.696) e Jundiaí (R$ 4.914) têm médias de pagamento individual de impostos muito superiores à de Franca.

Para o secretário municipal de Finanças, Sebastião Ananias, a sonegação fiscal é a principal responsável pela arrecadação menor no município. “É impressionante a taxa de sonegação existente em Franca. Um estudo que fiz aponta para algo em torno de 60%. São impostos que poderiam ser recolhidos e revertidos em benefício da população e que se perdem.”

Entre os ramos em que a sonegação seria maior, o secretário cita o alimentício e o de confecção. “Quem tem o costume de ir a um restaurante ou lanchonete e exigir a nota fiscal? Quase ninguém. Esse não é um hábito do francano.”


Outro fator que contribuiria para a baixa arrecadação da cidade seria a inadimplência. “Só em dívida ativa, temos hoje R$ 134 milhões para receber. Se os contribuintes com impostos em atraso resolvessem acertar seus débitos, Franca chegaria a uma arrecadação de quase R$ 700 milhões.”

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O secretário ainda citou a economia de Franca pautada na indústria calçadista e a baixa remuneração dos trabalhadores como outros itens que contribuiriam para a baixa arrecadação na cidade.

Para mudar esse cenário, a Prefeitura vem investindo em campanhas educacionais. “Neste ano, visitamos mais de 40 escolas falando para pais, mestres e alunos sobre a importância de se exigir a nota fiscal e sobre a necessidade de honrar os compromissos fiscais. Na minha opinião, só com educação e conscientização vamos conseguir melhorar os índices da cidade.”

NO BRASIL
Na última quarta, o Impostômetro marcou a ultrapassagem da barreira de R$ 1,4 trilhão em impostos recolhidos no país no ano.


Fonte: Portal GCN