Anormalidade em chama de refinaria assusta moradores de São José


Uma fumaça preta acompanhada de uma forte chama emitida pela Refinaria Henrique Lage (Revap), unidade da Petrobras em São José dos Campos (SP), assustou os moradores do entorno da refinaria na manhã desta terça-feira (23).

A fumaça foi vista em diferentes regiões da cidade como as zonas sul e oeste e durou cerca de duas horas – das 9h40 às 11h30, segundo os moradores.

“Estava lá dentro da Revap na hora que aconteceu. Antes, teve um corte de energia que durou 20 minutos e quando a energia voltou teve esse problema. A fuligem estava bastante densa”, afirmou Leonardo Magno, de 22 anos, diretor da Associação de Moradores do Vista Verde, bairro vizinho à refinaria.

Outro lado
A Revap informou que às 9h40 foi registrada uma instabilidade operacional que gerou variação de ruído e da chama da tocha. Segundo a empresa, os sistemas de proteção e segurança foram prontamente acionados.


A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) informou que o problema não causou danos a qualidade do ar em Sao José. De acordo com a companhia, a empresa paralisou o funcionamento de algumas unidades produtivas no momento da ocorrência. Veja abaixo trecho da nota emitida pelo órgão:

“No dia 23/10/2012, atendendo à reclamação da população referente à emissão de fumaça preta, técnico desta Companhia percorreu a Rodovia Presidente Dutra, ruas dos bairros Vista Verde e Vila Industrial, bem como vistoriou as instalações da empresa Petrobras/Revap.

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Por ocasião da inspeção foi constatada por volta das 09:40 horas, ocorrência de instabilidade no sistema termoelétrico da refinaria, que através de seu sistema de segurança promoveu a parada de unidades produtivas e das caldeiras GV 59202 e GV 21002.

Algumas unidades foram previamente paralisadas ou tiveram sua carga reduzida. Logo após a ocorrência, apenas as unidades de geração de hidrogênio (U-292 e U-294) e de craqueamento (U-220) operaram com carga mínima, atingindo cargas de 7,55 t/h (U-294 c/ 6 t/h e U-292 c/ 1,55 t/h) de carga de GN e 5.000 m³/d, respectivamente, e as utilidades com carga compatível com as necessidades.


Tal fato propiciou o alívio de hidrocarbonetos para o sistema de tocha, ocasionando a queima incompleta com emissão de fumaça preta para atmosfera, causando incômodos à população.

Quanto a danos ambientais ou poluição do ar, a princípio o que se constatou foram os incômodos à população. As condições meteorológicas predominantes foram favoráveis à dispersão dos poluentes, resultando na dispersão da fumaça preta emitida pela REVAP. Conforme o Boletim de Qualidade do Ar da CETESB, de 23/10, a estação de monitoramento automática da qualidade do ar de São José dos Campos registrou qualidade Boa. ”

Fonte: G1