Amigos do administrador Vitor Gurman, morto no dia 28 de julho aos 24 anos depois de ser atropelado, no dia 23 do mesmo mês, por um jipe de luxo, colocaram nesta segunda-feira (15) uma placa com o limite de velocidade da rua Natingui, esquina com a Delfina, no bairro Vila Madalena, onde ocorreu o acidente.
A placa, que não é oficial, pois não foi colocada pela prefeitura, informa a velocidade máxima permitida na via, de 30 km/h. Segundo testemunhas, o jipe estava em alta velocidade no momento do atropelamento, o que é negado pela nutricionista Gabriella Guerrero, que afirma que dirigia o veículo na noite do acidente.
Guerrero, de 28 anos, foi indiciada por homicídio doloso (quando há intenção de matar) pela morte de Gurman. De acordo com o delegado Ricardo Arantes Cestari, ela assumiu o risco de provocar o acidente.
Duas testemunhas voltaram atrás em seus depoimentos à polícia e afirmaram que o veículo que atropelou e matou Gurman era dirigido por Gabriella Guerrero. Em declaração anterior, elas haviam dito que o veículo era guiado pelo engenheiro Roberto de Souza Lima, namorado de Gabriella.
A retratação foi feita depois que o delegado Ricardo Arantes Cestari fez uma acareação com outra testemunha. Ou seja, as colocou frente a frente. A informação foi confirmada pelo advogado da família de Gurman, Alexandre Venturini.
A única testemunha que afirmou que era Roberto de Souza Lima que dirigia a Land Rover, a jornalista Ingrid Basílio, não foi convocada a depor novamente.
De acordo com Gabriella, ela dirigia o jipe Land Rover de seu namorado no momento do acidente. Ele também estava no interior do veículo e sofreu ferimentos leves. Lima já havia sido multado 25 vezes desde o início deste ano – oito vezes por excesso de velocidade e as outras por dirigir falando ao celular e por trafegar na contra mão.
O prefeito Gilberto Kassab afirmou no último dia 8, durante lançamento de campanha de proteção de direito a pedestres, que São Paulo terá um cruzamento com o nome de Gurman, em homenagem aos pedestres mortos e feridos por atropelamentos.
Fonte: R7