O prefeito de guia de Sumaré, José Antonio Bacchim (PT), recebeu a reportagem do LIBERAL na manhã da última sexta-feira, com exclusividade, ocasião em que fez um balanço de mais um ano de governo e falou sobre os projetos que devem ser concretizados no último ano de mandato. De acordo com ele, a solução para problemas corriqueiros como a falta d’água, falta de pavimentação e de redes de esgoto avançou positivamente durante os anos que têm ocupado a principal sala do prédio localizado na Rua Dom Barreto, região central da cidade. Mesmo assim, admitiu que a situação da Saúde ainda não é boa e garantiu que a “novela” envolvendo a entrega do Pronto-socorro do Jardim Macarenko termina no primeiro semestre de 2012.
Sobre um dos problemas que mais afeta a cidade, a falta d’água, Bacchim afirmou que a situação melhorou “80%”. “Sumaré ainda tem pouca capacidade de armazenamento de água. Se rompe uma adultora, cai a energia, cria-se uma crise no abastecimento. Estamos enfatizando as obras de ampliação da ETA (Estação de Tratamento de Água) 2, que estão consumindo mais de R$ 20 milhões. É algo que certamente vem dar uma tranquilidade muito grande em relação ao abastecimento de água. Estamos investindo também na ampliação da ETA 1”, enumerou o prefeito.
Bacchim se revelou descontente com a Saúde no município. “Hoje, eu sei que a Saúde não está bem, mas não é só aqui. E nós investimos mais do que o dobro na área do que a lei determina. Gastamos mais na Saúde do que na Educação”, garantiu ele. O atraso que se estende por mais de três anos para a entrega do Pronto-socorro do Jardim Macarenko foi justificado pelo petista devido à falta de garantia para a aquisição dos equipamentos. “Minha vontade já era ter inaugurado, mas só a vontade política às vezes não basta. Espero que dentro de 90 a 100 dias possamos fazer a entrega deste novo pronto-ssocorro, que a gente acredita que dará uma guinada na área da Saúde”, afirmou.
Empresas
Sem entrar em detalhes, Bacchim revelou que, em breve, um centro de distribuição de uma multinacional conhecida deve se instalar numa área de 500 mil metros quadrados na cidade. “São 220 mil metros quadrados de galpões da área de logística, para mais de uma empresa interessada. Uma delas, eu sei que já fechou, mas não posso anunciar porque ainda não recebi o pessoal. Terá centro comercial e escritórios. Certamente, será uma grande geradora de empregos”, avaliou.
O prefeito afirmou também que as obras de recapeamento das ruas da cidade devem continuar. “Tivemos de fazer uma opção no primeiro mandato e em parte do segundo, de levar o pavimento para os bairros que não tinham. Tinha dia que dessas cadeiras do gabinete eu via da janela a terra nos bairros e sabia que não tinha rede de esgoto embaixo”, exemplificou.
Outro problema abordado pelo prefeito foi em relação às enchentes. No começo do ano, Sumaré sofreu prejuízos estimados em R$ 10 milhões por conta das chuvas. O Governo Federal repassou 60% dos recursos de R$ 3,1 milhões para ajudar a recuperar os danos causados. “Foram 13 obras elencadas. Destas, nove já foram executadas com o dinheiro, sobretudo pontes, recuperação de pavimento em bairros totalmente destruídos. Estamos no aguardo da liberação dos 40% restantes para outras obras.”
Desafio
Para o petista, o grande desafio quando assumiu a Prefeitura, em 2005, foi reorganizar as finanças públicas. “Assumi a Prefeitura com o 13º que não haviam sido pagos e R$ 9,4 mi para pagar de um precatório relacionado a uma área de Nova Veneza. A cidade estava com o nome sujo”, afirmou.
Fonte: Jornal O Liberal