Greve dos servidores completa 8 dias e segue indefinida em Rio Claro


A greve dos servidores municipais da cidade Rio Claro (SP), que completou oitos dias nesta segunda-feira (21), segue indefinida na cidade com 80% dos funcionários da educação e 50% da saúde de braços cruzados. Nesta segunda-feira (20), cerca de três mil pessoas participaram de uma passeata na região central em apoio à paralisação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sindmuni). Os grevistas reivindicam aumento salarial de 10% e vale-refeição de R$ 200, atualmente em R$ 110. A Prefeitura oferece 7% de reajuste no pagamento e R$ 130 de alimentação.

A Prefeitura pediu na última sexta-feira (17) uma análise a respeito da legalidade da greve, mas a Justiça indeferiu o pedido e alegou que esse tipo de caso não pode ser decidido na cidade, mas no Tribunal de Justiça de São Paulo. A assessoria de imprensa da administração municipal informou que irá aguardar os procedimentos judiciais para dar uma resposta aos grevistas.

Junto à ação de ilegalidade o secretário de Negócios Jurídicos, Gustavo Perissinotto, pediu a volta dos servidores ao trabalho. “Mantenham-se os serviços essenciais inadiáveis que, segundo informações que eu tenho, não estão mantidos na sua integralidade. Naqueles que não são essenciais inadiáveis, um percentual que a gente pede que seja de no mínimo 70%”, afirmou.

Paralisação
A greve dos servidores teve início na segunda-feira (13). O primeiro dia atingiu 100% da Fábrica de Artefatos (Facua), 80% do setor da agricultura, 50% do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) e 50% da área da saúde na cidade de Rio Claro. Em grande parte das escolas da cidade não houve aulas.


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A Prefeitura informou que não poderia conceder reajustes salariais que ultrapassem os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que são fiscalizados pelo Tribunal de Contas.

“A principal revolta é que no meio da negociação a Prefeitura de Rio Claro deu 34% para os diretores que não são concursados e 19% para os secretários. Criou três secretarias e mais cargos comissionados”, ressaltou o presidente do Sindmuni.

A paralisação conta com o apoio da Federação do Servidores Públicos do Estado de São Paulo. Sindicalistas de cidades da região, como São Carlos, Pirassununga, Tietê, entre outras, participam das manifestações para apoiar a greve.

Fonte: Canal Rio Claro