Falta de chuva contribui para o clima de deserto em Rio Claro


Nas últimas semanas, a população de Rio Claro sofre os efeitos do tempo seco, consequência dos 48 dias sem chuva na cidade. A umidade relativa do ar chegou a 14%, beirando o índice típico de deserto. A informação foi dada por Carlo Burigo, técnico da estação meteorológica do Ceapla (Centro de Análise e Planejamento Ambiental) da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro.

De acordo com ele, esse índice foi registrado na estação que fica próxima à floresta estadual. Ou seja, na região central, a umidade deve ter sido ainda menor, na casa dos 10%. Burigo explica que a oscilação da temperatura também contribui para o clima de deserto.

A mínima registrada foi de 9ºC com sensação térmica de 8ºC durante a madrugada dessa segunda-feira. Já de dia, a máxima foi de 30,2ºC. O técnico explica que isso acontece porque, sem nuvens, não há retenção de calor, que se dispersa rapidamente na atmosfera. Por isso, esfria rapidamente quando o sol se põe.

E a tendência é de tempo mais seco. Burigo informa que não há previsão de chuva para os próximos dias. O IPMET da Unesp de Bauru informa que não há previsão de chuva até segunda-feira, dia 10. Já o CPTEC/Inpe estende a previsão de estiagem até o dia 16. Ele lembra ainda que setembro é um mês de pouca chuva. Em 2011, choveu apenas 18 milímetros.


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A estação meteorológica da Defesa Civil de Rio Claro registrou umidade do ar de 24% às 15 horas dessa segunda-feira (3). No domingo, o índice de umidade atingiu 19%, segundo informações do diretor do órgão, Danilo de Almeida. Segundo ele, o menor índice registrado pela estação foi de 14% no dia 23 de agosto. Já a temperatura oscilou de 13ºC às 06h23 dessa segunda a 31ºC no início da tarde.

O clima seco pode ser perigoso para a saúde, principalmente para quem tem doenças respiratórias, como asma, bronquite e rinite. Os efeitos do tempo seco são sentidos no corpo, com ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz.

Para evitar problemas com a saúde, o diretor Danilo de Almeida orienta as pessoas a evitar exposição ao sol sem protetor solar, beber bastante líquido para evitar a desidratação, umidificar os ambientes com baldes de água e toalhas molhadas e não fazer exercícios físicos entre 10 e 17 horas. Outra dica é optar por refeições leves, dando preferência a verduras, legumes e frutas.

Fonte: Jc Rio Claro