Quem passa pela Avenida 24 com a Rua 6-A percebe que parte da história da cidade Rio Claro se passa naquele trecho, mas, o que era para ser motivo de orgulho e admiração, vem causando muito transtorno aos moradores próximos e a quem circula por ali.
O muro, devido ao tempo e falta de manutenção, traz insegurança, pois ameaça cair. Em um trecho, parte já cedeu e hoje um tapume impede a entrada de estranhos no espaço, que visivelmente está tomado pelo mato.
A dona de casa Oneida Lassen Greve, que nasceu no bairro, hoje com 80 anos, conta que antigamente nem existia o muro. “A rua era aberta, só depois que fecharam, mas gostaria que arrumassem o muro, pois está perigoso”, fala. Além disso, ela reclama ainda do mato alto no espaço. “O que precisam fazer também é tirar os trens enferrujados, cortar esse mato, que está muito alto e juntando mosquito”, fala.
Morador no bairro há 40 anos, Marcos Ferri conta que o problema com que ele mais sofre está relacionado aos insetos que saem do local. “Em casa temos raquetes para matar os pernilongos, além de veneno e repelente”, fala.
“Cansamos de reclamar, mas ninguém resolve nada. Essa parte do terreno está abandonada, cheia de mato e de vagões velhos que acumulam água”, fala.
Outro problema que vinha ocorrendo no local era um odor insuportável de alimentos podres. “O que sei é que os vagões vêm com restos de soja, milho, entre outros e, quando os carros são lavados, esses alimentos se acumulam no chão e, com a água e depois o sol, isso apodrece e aí ninguém aguenta o mau cheiro”, conta. Segundo ele, o problema reduziu-se um pouco após reclamações.
A dona de casa Sueli Arnold, há 30 anos no bairro, teme pelos muros que estão a ponto de cair. “Colocaram um tapume na parte do muro que caiu na Avenida 24, mas isso agora atrapalha o pedestre, que precisa caminhar pela rua naquele trecho, isso é um absurdo”, diz. Ela ainda reclama dos pernilongos que vivem no espaço.
A Assessoria de Imprensa da América Latina Logística (ALL) informou que a parte do imóvel que gera essas reclamações é de responsabilidade da Companhia Paulista de Obras e Serviços.
Em atenção à solicitação enviada, a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) esclarece que, conforme o decreto nº 9.160 de 8 de outubro de 2010, o referido imóvel foi declarado de utilidade pública pela Prefeitura de Rio Claro, a fim de ser desapropriado.
A Prefeitura de Rio Claro esclarece que, embora seja a responsável pelo terreno, os vagões que estão no local são de responsabilidade da ALL, já sobre parte do muro que caiu a Prefeitura informa que os reparos já estão sendo feitos e devem ser finalizados nos próximos dias.
Sobre o mato e a água que fica acumulada no local, a Assessoria da Prefeitura informa que a Secretaria de Agricultura será informada, para que faça a limpeza do espaço e o Centro de Controle de Zoonoses para que realize a vistoria no referido imóvel em busca de focos de mosquitos transmissores da dengue.
Fonte: Jc Rio Claro