Os descendentes de escravos, que até hoje vivem em quilombos, estão colhendo literalmente os frutos, as verduras e os legumes que plantaram há cinco meses, época da implantação, pela Light, do PAIS (Produção Agroecológica Integrada Sustentável).
Com investimentos da empresa de energia, duas comunidades quilombolas já estão se tornando autossustentáveis e poderão, inclusive, gerar renda em suas terras. O projeto despertou o interesse da prefeitura de guia de Rio Claro, que está analisando a possibilidade de comprar os produtos para o uso na merenda escolar.
Desde o ano passado, a Light direciona recursos para as comunidades Alto da Serra – em Lídice, distrito de Rio Claro -, São José da Serra (Valença) e Santana (Quatis), localizadas em sua área de concessão, por meio do Projeto Quilombo, que visa a inclusão de diversas ações de eficiência energética, sustentabilidade, responsabilidade social e de resgate da cidadania, preservando os valores e melhorando as condições dos habitantes. O projeto vai além da substituição de lâmpadas e geladeiras por modelos mais eficientes, e da reforma da rede elétrica nas localidades, a iniciativa se propõe a oferecer ainda mais qualidade de vida à população quilombola.
Os quilombolas colheram alface, couve, beterraba, almeirão, repolho roxo, repolho comum, chicória, laranja, tangerina, limão e temperos, como salsa e coentro, entre outros produtos. Somente com esta primeira colheita 45 famílias ou cerca de 200 pessoas podem ser alimentadas. As comunidades já têm nos galinheiros um total de 80 aves.
Além do interesse da prefeitura de Rio Claro, a produção do quilombo Alto da Serra deverá ser comercializada no próprio município e na cidade de Angra dos Reis.
Com objetivo de garantir a sustentabilidade na região, o projeto está garantindo treinamento, equipamentos para a plantação, sementes e na estruturação das mandalas.
Projeto Quilombo
A Light, com o Projeto Quilombo, já beneficiou aproximadamente 400 pessoas com a troca de 75 geladeiras e de 700 lâmpadas incandescentes por versões fluorescentes compactas, que economizam energia. Foram feitas 100 reformas elétricas dentro das residências dos quilombolas e houve a normalização e regularização de cerca de 70 clientes. A empresa também auxiliou os Quilombos na inclusão de 70 famílias na tarifa social, que disponibiliza isenção de pagamento de conta de energia com consumo abaixo ou igual a 50 kWh e descontos de até 40% para consumo até 100 kWh.
Na área de concessão da empresa, responsável pelo fornecimento de energia elétrica para 31 municípios do Rio de Janeiro, há registros de pelo menos cinco comunidades quilombolas.
Fonte: Diário Vale