Em apenas três dias, quatro acidentes de trânsito mataram cinco pessoas da cidade Franca. Na madrugada de sábado, o gerente de uma madeireira Carlos de Azevedo, 53, colidiu de frente com um caminhão em Promissão (SP). Na madrugada de domingo, o técnico de informática Kaio César Tavares, 22, bateu de moto contra uma árvore na avenida Integração.
No mesmo dia, às 19 horas, o comerciante Gileno de Lima, 35, e sua mulher Rosana da Silva, 30, acertaram a traseira de um caminhão na Cândido Portinari. Na manhã de ontem, o policial rodoviário Jonathas Pezarezi, 26, foi atropelado quando atuava em uma blitz na Ronan Rocha. Além deles, outras duas pessoas ficaram gravemente feridas e estão internadas na Santa Casa de Franca (leia mais em textos nesta e na página ao lado).
A sequência de desastres teve início à 1h35 de sábado. Carlos de Azevedo, 53, morador no Jardim Rivieira, em Franca, dirigia um Renault Sandero na rodovia Transbrasiliana. Por motivos ainda a serem esclarecidos, Azevedo perdeu o controle da direção e bateu de frente com um caminhão. Carlos morreu na hora, preso às ferragens do veículo.
Às 3h30 de domingo, a colisão de uma moto contra uma árvore na avenida Integração matou o técnico de informática Kaio César Tavares, 22, que residia no Jardim Ipanema. Tavares estava em sua moto Titan junto com o amigo Fernando André de Souza Salina, também de 22 anos, morador no City Petrópolis. Eles seguiam pela avenida sentido Guanabara/Estação. Num trecho após uma rotatória, o condutor da moto perdeu o controle e bateu contra uma árvore no canteiro central. Bombeiros socorreram as vítimas. Kaio teve fratura de tórax e suspeita de hemorragia interna, morrendo minutos depois. Fernando continua internado em estado grave na Santa Casa.
Às 19 horas do mesmo dia, um casal morreu na hora após bater na traseira de um caminhão carregado com batatas. O comerciante Gileno de Lima, 35, e sua mulher, a dona de casa Rosana da Silva, 30, moradores no Jardim Luiza II, seguiam de Rifaina em direção a Franca. No início da subida da serra, na rodovia Cândido Portinari, Gileno colidiu contra a traseira do veículo.
O último registro trágico aconteceu por volta das 10h30 de ontem. O policial rodoviário Jonathas Junio Pezarezi, 26, morador em Ribeirão Preto, realizava uma fiscalização de rotina às margens da Ronan Rocha. De acordo com a polícia, o soldado teria sinalizado para o motorista do Voyage parar, mas o condutor não obedeceu e atropelou o policial. O corpo de Pezarezi foi lançado a mais de 15 metros de distância.
Pezarezi foi socorrido, mas morreu às 14h30 com politraumatismo. O motorista do carro fugiu do local sem prestar socorro. O veículo foi localizado três horas depois abandonado numa estrada de terra cerca de nove quilômetros do local do acidente.
Cruzando informações sobre os últimos proprietários do veículo, a PM identificou o pespontador Tiago Custódio Veiga, 22, como o motorista que teria atropelado Pezarezi. “Descobrimos o atual dono e localizamos a casa do suspeito. Ele não estava lá, mas logo se entregou. Foi detido e levado para a delegacia”, disse o cabo De Camargo, da PM.
Veiga mora num condômino de chácaras perto de Itirapuã e não é habilitado. Contou para a polícia, que seguia com seu carro para Franca levando a irmã, grávida de seis meses. Segundo seu depoimento no 4º DP, ele não teria visto o policial rodoviário, pois tentava fazer uma ultrapassagem. E alega que fugiu por medo. “É a versão dele, mas existem muitas dúvidas. O policial que ajudava na fiscalização informou que não havia nenhum outro carro. Ele assumiu o risco ao dirigir sem ser habilitado e, por isso, foi feito o flagrante por homicídio doloso (dolo eventual)”, disse o delegado Daniel Radaelli.
Fonte: Comércio da Franca