Sumaré perde prazo e fica sem R$ 1,2 milhão para restaurante popular


Erros na elaboração de projetos e nas licitações fizeram Sumaré (SP) perder o direito a uma verba de R$ 1,2 milhão, repassada pelo governo federal em 2007, que seria usada na construção de um restaurante popular na rodoviária. O prejuízo causou divergência entre a atual administração e a gestão anterior sobre a responsabilidade no caso.

Pelo convênio, a Prefeitura teria um prazo de cinco anos para usar o montante e também deveria investir outros R$ 240 mil para viabilizar as obras. Segundo uma auditoria realizada pela Secretaria de Obras na cidade de Sumaré, houve uma série de erros na gestão anterior, pois o local escolhido não era adequado – o segundo piso não suportaria o fluxo diário de 2 mil pessoas. Com isso, haveria necessidade de readequar o prédio e aumento do custo para os trabalhos.

Após o projeto ser refeito e aprovado, ocorreram falhas nas licitações para a reforma da estrutura. Na primeira não houve interessados, enquanto que, na segunda, o vencedor desistiu do contrato ao alegar que a Prefeitura demorou para expedir a ordem de serviço. Outro problema da administração foi dar sequência ao processo para a compra de equipamentos da cozinha industrial, já que pelas regras do convênio as licitações deveriam ocorrer de forma simultânea.

Jogo de empurra
O ex-prefeito de Sumaré José Antônio Bachhim, afirmou que os problemas nos projetos e licitações não inviabilizavam a obra. Ele disse que a atual gestão deveria ter feito o pedido para prorrogar o prazo de uso da verba.


Por meio de assessoria, a Prefeitura de Sumaré alegou que a medida não foi adotada porque a obra custaria mais do que o previsto na fase inicial e não há dinheiro para quitar a diferença. Sobre o abandono da estrutura, a administração garantiu que a área será reformada até junho.

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Os moradores que almoçam perto do terminal pagam entre R$ 7 e R$ 11 por uma refeição. Pelo projeto, o restaurante deveria oferecer alimentação ao custo de até R$ 2.

Problemas na cidade de Hortolândia
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, Hortolândia (SP) acertou um convênio de R$ 120 mil para modernizar o banco de alimentos, mas ele não está sendo cumprido. O município pode ter que devolver a verba para o governo federal, caso não regularize a situação até dezembro.

Por meio de assessoria, a Prefeitura de Hortolândia informou que a compra de equipamentos para melhorar a unidade está em andamento e será finalizada em outubro.


Fonte: G1