O pintor I.A.S., de 29 anos, foi preso por receptação, anteontem de manhã, na Rua Sebastião de Arruda, no Parque Bandeirantes, em guia Sumaré. Um Gol furtado próximo ao sambódromo de Paulínia, na noite anterior, foi encontrado em sua casa sendo desmontado.
O rastreador instalado no veículo permitiu ao proprietário, o instalador de som H.C.C., de 20 anos, informar à Polícia Militar a localização exata do carro.
Ao receber a denúncia da vítima, a PM foi até o endereço citado e constatou que o carro estava sendo desmontado por três homens no quintal da residência. Dois deles conseguiram fugir pelo fundo da casa. O pintor acabou detido. Ele negou que tivesse furtado o carro, mas afirmou que havia emprestado a casa aos desconhecidos.
O indiciado confirmou que o Gol seria desmanchado e afirmou que iria receber, como recompensa pela cessão do local, peças para colocar em seu carro. Segundo o pintor, outro veiculo do mesmo modelo que estava estacionado em frente a sua casa pertence a um dos fugitivos.
O carro do instalar de som já estava com a parte interna totalmente desmontada, sem bancos, sem acabamento e sem toca CD. O capô também havia sido trocado pelo capô do carro do indiciado.
A Polícia Militar levou o pintor para o plantão policial, onde o delegado Marco Antonio Braga Rodrigues arbitrou fiança de R$ 6,2 mil (dez salários mínimos), para ele responder ao inquérito em liberdade, mas o valor não foi pago e o pintor foi preso. O caso será encaminhado para o 5º Distrito Policial.
Caso semelhante
É o segundo caso neste mês que o rastreador entrega o local de desmanche do veículo. No último dia 6, a PM de Hortolândia recebeu denúncia de uma empresa que administra um sistema de rastreamento sobre o paradeiro de um carro furtado. O desmanche funcionava na Rua Pérola e tinha até sala com revestimento acústico.
Uma câmera foi instalada em um poste, que permitia aos marginais monitorar a movimentação da rua e a possível aproximação da polícia. Mesmo assim, três homens foram presos. O desmanche funcionava em dois cômodos do imóvel.
Em um deles, isolado com espuma especial, os marginais desmontavam os veículos. Depois, as peças eram separadas e levadas para um cômodo ao lado.
Fonte: Jornal O Liberal