Blitze somem da Vila Madalena após três anos de lei seca


A lei seca completou no domingo (19) três anos e as blitze Direção Segura, da Polícia Militar, para verificar se a norma está sendo cumprida, sumiram das vias paulistanas. Motoristas ouvidos pela reportagem afirmam não ter visto mais as operações. A PM, por sua vez, nega que tenha diminuído a fiscalização, considerada essencial por especialistas.

Entre as 22 h de quinta e 2 h da sexta-feira (17) passada, a reportagem percorreu as 20 principais vias que dão acesso a bares e restaurantes nas regiões da represa do Guarapiranga e do guia Itaim Bibi, na zona sul de SP, e da Vila Olímpia e Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo. Não havia blitz em nenhuma. Por regra, ao menos quatro operações deveriam ser montadas por dia na cidade.

A reportagem solicitou à PM, na sexta-feira, entrevista com um representante da corporação. A PM optou por responder por meio de nota às perguntas sobre as blitze da Operação Direção Segura realizadas na capital paulista. No comunicado, enviado por e-mail, a polícia diz ter intensificado a operação “a partir da entrada em vigor da lei, em 19 de junho de 2008″. Porém, não informa quantas operações têm sido realizadas diariamente nos últimos meses.

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Segundo a PM, de janeiro de 2009 até a última quarta-feira (15), 399.176 motoristas foram fiscalizados na capital paulista. Desse total, 2.257 foram presos em flagrante após o teste do bafômetro indicar mais de 6 decigramas por litro de sangue. Outros 12.275 acabaram multados e tiveram a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) apreendida.

Questionada, a corporação não respondeu se dobrou o número de bafômetros do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) neste semestre, conforme foi anunciado em janeiro pela corporação. À época, havia 42 equipamentos para a fiscalização nas blitze de trânsito na capital.

Fonte: Jornal da Tarde